sexta-feira, 3 de julho de 2009

Depois do contador, Sarney joga a culpa no redator

Fudevu!

A assessoria de imprensa de José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, acabou de divulgar outra nota, corrigindo a nota anterior. Na primeira, a assessoria culpava o contador de ter copiado a lista de declaração dos bens de 1998 em 2006.

Agora, alega que o contador atualizou a lista de 98, mas esqueceu de acrescentar a casa avaliada em R$ 4 milhões.

As declarações à Justiça Eleitoral em 1998 e 2006 são bem diferentes - ao contrário do que disse a assessoria na primeira nota. Talvez seja necessária uma terceira nota para esclarecer isso.

Segue a nova nota da assessoria de Sarney:

"Esta nota corrige equívoco anteriormente divulgado. O erro cometido na declaração de bens do senador José Sarney à Justiça Eleitoral em 2006 não foi, como afirmado, a repetição da lista de bens de 1998, mas a omissão da casa, por esquecimento, depois de feita a atualização patrimonial. O fato é que a propriedade está informada à Receita Federal e ao Tribunal de Contas da União desde 1999, conforme certidão anexada à primeira nota".

 

Casa oculta - Sarney mentiu em nota

Ao contrário do que acabou de justificar em nota oficial a assessoria de imprensa de José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, as listas de bens de 1998 e 2006 apresentadas por ele à Justiça Eleitoral não são iguais.

Está escrito na nota: "Por equívoco do contador, em 2006, foi apresentada à Justiça Eleitoral a mesma lista de bens de 1998."

Mas cópias dos documentos, disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostram duas listas bem diferentes.

Na declaração de 1998 à Justiça Eleitoral, por exemplo, aparece um bote motorizado de madeira, de construção artesanal, avaliado em R$ 12,246 mil. Tem também uma casa residencial, na rua dos Guarulhos, em São Luis, avaliada em R$ 209.676,58. Os dois bens não aparecem na lista de 2006.

Na declaração de 2006 consta, por exemplo, um terreno, localizado à margem esquerda da Rodovia MA-53, no Maranhão, um sobrado, três terrenos e cotas de um Shopping que não estão na declaração de 1998.

Em nenhuma das declarações de bens aparece, de fato, a casa da Península dos Ministros, em área nobre de Brasília, avaliada em R$ 4 milhões, conforme publicou hoje o jornal O Estado de S. Paulo.

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