Os diretores sem diretorias. Onde? No Senado, ora...
Jogada de mestre, essa. Que para o bem não será, apostem.
No início da semana passada (ou foi da anterior?), a direção do Senado admitiu que a Casa tinha pouco mais de 190 diretores. No mesmo dia corrigiu a informação: eram 181.
Mais tarde, a direção declarou extintas 50 diretorias. No último fim de semana, preparou-se para no início desta acabar com mais 50 - essas ocupadas por funcionários não concursados.
Quer dizer: os ocupantes da nova lista de diretorias pulverizadas seriam mandados embora.
Deve ter sido brutal a pressão dos candidatos à guilhotina e dos seus padrinhos para que se desse o dito pelo não dito. Ninguém ocupa uma diretoria do Senado sem contar com um padrinho forte.
Então a direção do Senado retificou a informação retificada antes: não havia mais de 190 diretorias nem mesmo 181. São 38 diretorias de fato. Somente 38.
As outras 143 diretorias não eram diretorias. Eram títulos conferidos a funcionários que exerciam as funções de subsecretários subsecretários, coordenadores e secretários adjuntos. Recebiam salário de diretor, mas não eram diretores.
Bacana, não? Um sofisma e tanto.
Se um cidadão tem título de diretor, salário de diretor, recebe benefícios de dirtetor e desfruta de privilégios de diretor, ele é diretor, ora. Não importa que dirija só ele mesmo.
O absurdo de um número tão grande de diretores tem de ser corrigido logo e sem contemplação. Há que se ficar atento para o que o sofisma esconde.
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